Chovem queixas na <i>Galp</i>
As contestações apresentadas por funcionários nunca atingiram um número tão elevado num período tão limitado, alertou a Comissão Central de Trabalhadores, que decidiu colocar o caso à administração da petrolífera.
Com esta política e esta gestão, há motivos para reclamar
Além de abaixo-assinados, provenientes de vários sectores das refinarias da Petrogal, a CCT recebeu, desde o princípio de Maio e até 11 de Julho, 114 exposições individuais, cuja grande maioria foi remetida por trabalhadores de áreas técnicas e administrativas. No comunicado em que deu a conhecer esta situação, a CCT ressalva que estas exposições individuais se restringem à Petrogal/Galp Energia, ficando por contabilizar «várias outras», que tiveram origem em empresas como a CLC, a Galpgeste e a Galp Açores.
«Tal situação, que nunca atingiu um tão elevado número em período de tempo tão limitado, é inequivocamente demonstrativa de descontentamento – nalguns casos, de indignação – e, na sua maioria, devidamente fundamentado», afirma a CCT.
Na posição que divulgou e que formalizou junto da administração, a Comissão Central de Trabalhadores refere as principais matérias que surgem nas contestações e reclamações, designadamente:
- grandes diferenças salariais entre trabalhadores que exercem idênticas funções;
- categorias profissionais e salários desajustados, face ao trabalho realizado;
- trabalhadores com cargos de chefia que auferem salários inferiores aos dos chefiados;
- substituição de trabalhadores com categorias e salários superiores, sem o aumento salarial e a promoção que as disposições em vigor impõem nestes casos;
- sonegação de informação relativa às fichas de descrição das funções;
- discriminações salariais acrescidas, com a recente aplicação de prémios de desempenho e com o retorno à atribuição discricionária de bónus.
A CCT admite que «é normal a existência de contestações e reclamações dos trabalhadores sobre matérias como as referenciadas», uma vez que tal «sempre aconteceu e, naturalmente, continuará a ser uma realidade, para mais, enquanto a política e gestão de pessoal continuar a ser como a que vem persistindo, pese embora os múltiplos recursos a consultores externos». Mas, com este inédito aumento das contestações, «algo se agravou nos últimos tempos», salienta-se no documento.
Da administração, a CCT requereu explicações sobre a forma de garantir a pronta correcção das situações detectadas (notando que, para várias delas, «há propostas de hierarquias, mas que não têm tido seguimento») e sobre uma «organização que actue para o saneamento de processos e de casos» que se enquadram na caracterização agora feita.
Mas, «o que mais se exige é uma política de rigor e transparência, com a realização do efectivo diálogo e negociações com as organizações sindicais representativas dos trabalhadores», conclui a CCT.
«Tal situação, que nunca atingiu um tão elevado número em período de tempo tão limitado, é inequivocamente demonstrativa de descontentamento – nalguns casos, de indignação – e, na sua maioria, devidamente fundamentado», afirma a CCT.
Na posição que divulgou e que formalizou junto da administração, a Comissão Central de Trabalhadores refere as principais matérias que surgem nas contestações e reclamações, designadamente:
- grandes diferenças salariais entre trabalhadores que exercem idênticas funções;
- categorias profissionais e salários desajustados, face ao trabalho realizado;
- trabalhadores com cargos de chefia que auferem salários inferiores aos dos chefiados;
- substituição de trabalhadores com categorias e salários superiores, sem o aumento salarial e a promoção que as disposições em vigor impõem nestes casos;
- sonegação de informação relativa às fichas de descrição das funções;
- discriminações salariais acrescidas, com a recente aplicação de prémios de desempenho e com o retorno à atribuição discricionária de bónus.
A CCT admite que «é normal a existência de contestações e reclamações dos trabalhadores sobre matérias como as referenciadas», uma vez que tal «sempre aconteceu e, naturalmente, continuará a ser uma realidade, para mais, enquanto a política e gestão de pessoal continuar a ser como a que vem persistindo, pese embora os múltiplos recursos a consultores externos». Mas, com este inédito aumento das contestações, «algo se agravou nos últimos tempos», salienta-se no documento.
Da administração, a CCT requereu explicações sobre a forma de garantir a pronta correcção das situações detectadas (notando que, para várias delas, «há propostas de hierarquias, mas que não têm tido seguimento») e sobre uma «organização que actue para o saneamento de processos e de casos» que se enquadram na caracterização agora feita.
Mas, «o que mais se exige é uma política de rigor e transparência, com a realização do efectivo diálogo e negociações com as organizações sindicais representativas dos trabalhadores», conclui a CCT.